quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Pôr do Sol - Niaze Azevedo
















 
Foi o mais belo pôr do Sol que já vi!

Parei o carro à beira da estrada deserta e o contemplei extasiada.
Os campos se estendiam à minha frente, verdes e serenos.
O sol de um vermelho dourado, às vezes escondia-se entre nuvens,
que se enfeitavam de nuances luminosas. O silencio imperava absoluto e nem os pássaros ousaram macular a plácida quietude daquela tarde.
Uma aragem fresca eternizava aquele momento.

Meditei naquela tarde de triste despedida. Solidão e lágrimas de saudades.

Baixava o sol, deixando acima das montanhas, um sublime espetáculo de clarão afogueado. Havia paz!

Caía a noite. Eu precisava prosseguir viagem!

domingo, 8 de janeiro de 2012

Sinopse de Werther, de Goethe.


Na obra-prima de Johann Wolfgang Goethe, o jovem Werther, por motivos de trabalho, está longe de sua família e amigos, comunica-se com seu amigo Wilhelm (Guilherme) através de cartas nas quais narra sua história de paixão e tragédia com a jovem Charlotte (Carlota).

Desde o início ele soube que sua amada estava prometida a um noivo: Albert (Alberto), homem qual Werther adquiriu grande admiração e amizade desde sua apresentação.

Mas o tempo é um martírio para as almas envoltas pela paixão. Com o convívio diário, Werther apaixonava-se cada vez mais. Passeios no campo, longas conversas, poemas, todos momentos que contribuíram para fazer com que esquecesse do mundo todo e só visse importância em Charlotte (Carlota).

Os sofrimentos do Jovem Werther (1774) é a obra póstuma da escola literária chamada Romantismo (1750-1850, aproximadamente). Ela traz todas as características que marcaram esse movimento e a revolução que ele suscitou na criação literária da época.


Trecho de Werther:
Vou vê-la! Foi esta minha primeira exclamação desa manhã, quando me levantei e meus olhos procuraram alegremente o sol. "Vou vê-la! E, durante o dia inteiro, não tive outro desejo. Tudo, tudo foi absorvido por essa perspectiva.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Fernando Pessoa

AUTOPSICOGRAFIA

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.