quarta-feira, 8 de julho de 2015
segunda-feira, 6 de julho de 2015
sábado, 4 de julho de 2015
quinta-feira, 2 de julho de 2015
quarta-feira, 1 de julho de 2015
terça-feira, 30 de junho de 2015
quinta-feira, 25 de junho de 2015
domingo, 31 de maio de 2015
Sonho de Ícaro
Biafra
Voar, voar
Subir, subir
Ir por onde for
Descer até o céu cair
Ou mudar de cor
Anjos de gás
Asas de ilusão
E um sonho audaz
Feito um balão
Subir, subir
Ir por onde for
Descer até o céu cair
Ou mudar de cor
Anjos de gás
Asas de ilusão
E um sonho audaz
Feito um balão
No ar, no ar
Eu sou assim
Brilho do farol
Além do mais
Amargo fim
Simplesmente sol
Eu sou assim
Brilho do farol
Além do mais
Amargo fim
Simplesmente sol
Rock do bom
Ou quem sabe jaz
Som sobre som
Bem mais, bem mais
Ou quem sabe jaz
Som sobre som
Bem mais, bem mais
O que sai de mim
Vem do prazer
De querer sentir
O que eu não posso ter
O que faz de mim
Ser o que sou
É gostar de ir
Por onde, ninguém for
Vem do prazer
De querer sentir
O que eu não posso ter
O que faz de mim
Ser o que sou
É gostar de ir
Por onde, ninguém for
Do alto coração
Mais alto coração
Mais alto coração
Viver, viver
E não fingir
Esconder no olhar
Pedir não mais
Que permitir
Jogos de azar
Fauno lunar
Sombras no porão
E um show vulgar
Todo verão
E não fingir
Esconder no olhar
Pedir não mais
Que permitir
Jogos de azar
Fauno lunar
Sombras no porão
E um show vulgar
Todo verão
Fugir meu bem
Pra ser feliz
Só no pólo sul
Não vou mudar
Do meu país
Nem vestir azul
Pra ser feliz
Só no pólo sul
Não vou mudar
Do meu país
Nem vestir azul
Faça o sinal
Cante uma canção
Sentimental
Cante uma canção
Sentimental
Em qualquer tom
sexta-feira, 29 de maio de 2015
Planeta Água
Guilherme Arantes
Água que nasce na fonte serena do mundo.
E que abre um profundo grotão.
Água que faz inocente riacho e deságua na corrente do
ribeirão.
Águas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertão.
Águas que banham aldeias e matam a sede da população.
Águas que caem das pedras no véu das cascatas, ronco de
trovão.
E depois dormem tranquilas no leito dos lagos, no leito dos
lagos.
Água dos igarapés, onde Iara, a mãe d'água é misteriosa
canção.
Água que o sol evapora, pro céu vai embora, virar nuvem de
algodão.
Gotas de água da chuva, alegre arco-íris sobre a plantação.
Gotas de água da chuva, tão tristes, são lágrimas na
inundação.
Águas que movem moinhos são as mesmas águas que encharcam o
chão.
E sempre voltam humildes pro fundo da terra, pro fundo da
terra.
Terra, planeta água, Terra, planeta água, Terra, planeta
água.
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sexta-feira, 15 de maio de 2015
sábado, 2 de maio de 2015
segunda-feira, 6 de abril de 2015
Namorada das Palavras: Cem sonetos de Amor - Pablo Neruda
Namorada das Palavras: Cem sonetos de Amor - Pablo Neruda: Soneto XXVII Nua és tão simples como uma de tuas mãos, lisa, terrestre, mínima, redonda, transparente, tens linhas de lua...
Cem sonetos de Amor - Pablo Neruda
Soneto XXVII
Nua és tão simples como uma de tuas mãos,
lisa, terrestre, mínima, redonda, transparente,
tens linhas de lua, caminhos de maçã,
nua és magra como o trigo nu.
Nua és azul como a noite em Cuba,
tens trepadeiras e estrelas no pelo,
nua és enorme e amarela
como o verão numa igreja de ouro.
Nua és pequena como uma de tuas unhas,
curva, sutil, rosada a´te que nasça o dia
e te metes no subterrâneo do mundo
como num longo túnel de trajes e trabalhos:
tua claridade se apaga, se veste,se desfolha
e outra vez volta a ser uma mão nua.
sábado, 4 de abril de 2015
Conto: Fim de caso em Paris
Fim de caso em Paris.
Niaze Azevedo
Antes que lhe esfriasse de todo a alma.
Antes que se visse de novo completamente nua de sentimentos, precisava vê-lo. Marcou
o encontro e se esmerou na toalete.
Entregou-se a partir desse
momento às lembranças que lhe faziam doer o estômago. As lágrimas detidas,
como sempre.
Foram felizes por quase três anos em
Paris. Muito felizes, como negar? E desde que se conheceram até sua partida,
não houve sequer um dia, em que não dormissem abraçados. Suas noites eram sublimes.
Enveredou-se pelas vielas iluminadas da
cidade à procura do Hotel onde ele morava desde que a deixara. Conhecia o
local. Houve um dia em que se demorou na calçada esperando que ele saísse para segui-lo
e descobrir se havia outra mulher em sua vida. Ele não desceu. Voltou para casa
contente e resfriada.
Tinha uma teoria. Quando um homem
deixava uma mulher, havia outra a espera. Homem não conseguia viver sozinho. Não
conseguiu descobrir a outra. A dúvida a consumia.
Lembrou-se do dia em que chegara em
casa e encontrou o bilhete de despedida. Ele dizia que precisava sair para conhecer
um pouco a vida. Correu ao seu Ateliê, estava tão vazio, quanto sua vida antes
de sua chegada. Tudo voltaria a ser como antes. Sem sua companhia, seus abraços
fortes, as gargalhadas loucas e sua eterna juventude.
Chegou ao Hotel, sequer percebera o
trajeto. Ele a esperava. Suas roupas contrastavam com a higiene do local, estava
sujo e malcheiroso. As malas foram feitas. Iria embora do Hotel, viveria com
outra mulher.
Só então percebeu que havia mais alguém
no quarto. Lembrou-se dela. Chegou na casa um dia, pedindo para lavar as roupas
por um prato de comida. Deixou que ficasse por um ou dois dias. Dividia o quarto
com a arrumadeira e a ajudava com as roupas. Não se lembrava de tê-la visto
novamente depois disto. Agora as coisas faziam sentindo. Também o roubo das joias
que o seguro pagou.
O coração antes oprimido e angustiado
agora estava em paz. Suspirou aliviada... Abriu a bolsa, retirou um maço de
notas e deixou sobre a mesa.
Olhou ainda uma vez para o jovem parado
à sua frente, seu grande amor. As lágrimas agora corriam sem bloqueio. Chorava
depois de tantos anos.
Deixou-os sem dizer palavra. A noite
estava linda! Sentia-se serena e feliz!
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